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Teresópolis na ponta das boas práticas para a infância e adolescência

Estatísticas demonstram a relevância do tema

O tema, que ainda é tabu para a sociedade, precisa sair dos fóruns especializados para gerar a conscientização necessária à proteção das crianças e adolescentes, à denúncia dos envolvidos e punição dos autores de violência. Os casos são mais frequentes do que as pessoas imaginam. No Brasil, dados mostram que a cada hora três crianças são vítimas de abuso e que 70% das ocorrências de estupros ocorrem com menores de idade. Outro ponto que também exige atenção é que não apenas meninas são vítimas de abuso sexual como parece crer o senso comum: meninos também podem ser alvo de pedófilos e todo cuidado é pouco, porque a maior parte dos abusos acontece em ambientes considerados seguros, como a escola, clubes e o próprio lar.

Evento multidisciplinar

O evento reuniu diversas esferas de proteção, com a presença de autoridades e representantes de instituições referência no atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência, e incluiu ainda o depoimento emocionado da nadadora Joanna Maranhão. A atleta olímpica foi vítima de abuso por seu treinador, fato que mais tarde veio a comprometer seu desempenho e carreira na natação brasileira.  

O presidente e co-fundador da empresa Ladmir Carvalho abriu o evento contando como foi sensibilizado pela escritora Andrea Taubmann, autora do livro infantil “Não me toca seu boboca” para a importância do tema. “Andrea nos procurou para apoiar o lançamento do livro com a ideia de fazermos uma ação para os funcionários e seus filhos. Logo, percebemos a relevância do assunto e o quanto Teresópolis tem boas práticas a compartilhar com outras cidades. Então, decidimos ampliar o debate, convidando educadores das escolas públicas e privadas da cidade para um evento de conscientização sobre o assunto”, explicou.

Boas práticas de proteção à infância

A promotora criminal Carla Cruz deu início às apresentações com uma palestra sobre a gravidade do tema no país e os procedimentos legais para denúncia, sensibilizando a plateia sobre o papel das escolas na identificação de indícios de abuso e a melhor forma de conduzir o assunto à justiça.

O delegado de Teresópolis, Leandro Aquino da Silva, falou sobre o dia a dia do registro de ocorrências de violência doméstica e como qualificar uma suspeita de abuso infantil. Sandra Azevedo, do Projeto Bem Me Quer Terê, apontado pela ChildHood Brasil entre as seis experiências brasileiras consideradas como referência no atendimento integrado a crianças e adolescentes vítimas de violência, explicou como o judiciário avançou na abordagem às vítimas, tanto no momento de denúncia como ao longo do processo no judiciário, humanizando a oitiva de forma a evitar que a vítima tenha contato com o acusado e passe pelo constrangimento de depor em público. Hoje, as vítimas são abordadas em sala reservada sob rigoroso protocolo processual que garante um relato espontâneo e a proteção de exposição e inquisição em tribunal. Sandra falou ainda da importância de ações de mitigação, ou seja, de atendimento psicoterápico e social para que as vítimas de forma que possam recuperar-se com o apoio da sociedade.

A coragem de expor uma história pessoal

O depoimento da atleta Joana Maranhã foi, sem dúvida, o momento mais memorável do evento por sua coragem e comoção ao relatar a sua história pessoal de assédio e violência pelo seu treinador, quando tinha 9 anos. "Nossas famílias eram muito próximas, viajávamos juntos para praia ou campo, eu dormia na casa dele, os filhos dele na minha, meus pais confiavam nele. Eu evoluí na natação através do trabalho dele no primeiro ano, e isso fez com que meus pais confiassem ainda mais. Ele era um herói para mim e levou um ano construindo este papel para ganhar poder sobre mim", lembra. “Quando o abuso começou, eu sabia que aquilo não era correto, mas não entendia do que se tratava e não sabia como agir, a quem pedir socorro. Ele tinha muito poder sobre mim por ser treinador".

O relato de Joanna é semelhante ao de muitas vítimas de violência sexual na infância. A inocência e fragilidade das crianças são usadas pelos abusadores para praticar as agressões. A proximidade com as vítimas, a vergonha e a sensação de culpa levam as crianças e adolescentes a não denunciar. Mais tarde, as consequências da violência sexual costumam aparecer em quadros de ansiedade e depressão.

Joana seguiu sua carreira de atleta com ótimo desempenho, porém com quedas de rendimento por problemas emocionais, em um percurso cheio de altos e baixos. Em 2014, conquistou a melhor posição de uma atleta brasileira nas Olimpíadas. Em 2008, questionada pela imprensa sobre um período de baixa performance, Joana declarou publicamente que tinha problemas emocionais por ter sido vítima de abuso. O caso ganhou as páginas de jornais e resultou em um processo do acusado por calúnia contra a atleta e sua mãe.

A Lei Joana Maranhão

A boa notícia é que a coragem de Joana acabou por levantar o debate sobre violência contra a infância e adolescência e resultou em mudanças significativas na lei. Quando o caso veio a público, Joanna estava com 21 anos e o caso já havia prescrito, por isso, o acusado teve mais facilidade para processá-la. Mesmo ela tendo como provas a palavra do psiquiatra que a tratava e os depoimentos de mais duas meninas de quem ele também teria abusado, nada mais podia ser feito contra o agressor.

Hoje, a Lei 12.650, apelidada de Lei Joana Maranhão, instituiu que só depois que a vítima atingir a maioridade começa a contar o prazo para que o crime prescreva – tempo que varia de acordo com o tipo de crime cometido. A nadadora considera que ter conseguido falar sobre o assunto fez parte da superação da dor, que, no entanto, fará parte da sua história para sempre. “"Fui aos poucos me recuperando, reconhecendo minha identidade além deste fato traumático e hoje estou dedicada a prevenir e a ajudar pessoas que passaram pela mesma experiência. Fazer parte de iniciativas para prevenção e suporte às vítimas traz sentido para o passei". Em 2014, a atleta criou a ONG Infância Livre que trata do tema.

Prevenção através da literatura

Última a se apresentar no evento, a escritora de literatura infantil e juvenil, Andrea Taubmann, apresentou seu livro “Não me toca, seu boboca”, que tem como objetivo fortalecer crianças e jovens para resistirem à possíveis assédios de adultos.

A breve história, dirigida a crianças entre 6 e 10 anos de idade, levou sete anos para ser escrita e muita pesquisa sobre como abordar um tema tão delicado. A proposta é influenciar a conduta das crianças para se protegerem sem, no entanto, assustá-las ou mesmo entediá-las com uma abordagem didática e pouco atraente. “Temos que contar com a intuição da criança sobre a má conduta do adulto. Elas podem não entender o que está acontecendo, mas identificam que há algo errado. O objetivo deste livro é fazer com que a criança reaja quando se sentir constrangida com alguma aproximação suspeita, evitando que a violência ocorra”. De acordo com a autora, o livro pode ser um rico material de apoio para debater o tema em sala de aula.

A Alterdata comprou 200 exemplares de “Não me toca, seu boboca” para oferecer à professores de escolas públicas como forma de incentivo à discussão do tema pelas escolas. A ideia da empresa é estudar outras possibilidades de dar continuidade ao apoio à causa, contribuindo para a prevenção e denúncia de crimes de violência e abuso infantil.

O evento foi transmitido ao vivo através do Facebook. Passar assistir a programação na íntegra, clique aqui.  

 

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